ÍNTIMOS NOS LAÇOS SANGUÍNEOS E DISTANTES NOS RELACIONAMENTOS
Por Alberto Matos
Atualmente, vivemos o grande desafio de encontrar costumeiramente pessoas que são íntimas nos laços sanguíneos, mas distantes nos relacionamentos familiares. Por causa da esfera sagrada da família no contexto da humanidade, por ser ela a célula manter da sociedade, esse é um dos paradoxos mais robustos e, em alto relevo, na existência do mundo que ruma ao ano de 2030. É notório esse paradoxo e está presente em todos os povos, idiomas, culturas e nações.
Embora, as cidades estejam cada vez mais populosas, contribuindo para em pouco tempo batermos a casa dos 9 bilhões de pessoas no mundo, o ser humano está cada vez mais solitário. A população multiplica-se rapidamente e, o ser humano, em contrapartida, torna-se mais sozinho. A quantidade populacional cresce e a qualidade populacional diminui. As pessoas estão perdendo princípios e valores. Por esta razão os relacionamentos não se fortalecem, se deterioram fácil e rapidamente, acabam-se em uma velocidade incrível e pelos motivos mais fúteis.
Cidades mais populosas não proporcionam ao ser humano uma vida mais popular e/ou calorosa, mas se tornam mais frias em relação aos seus habitantes e entregam eles ao anonimato. Esse anonimato, gera isolacionismo. Isolacionismo pode gerar depressão. Depressão pode gerar outras doenças e até mesmo o suicídio.
Esse quadro social que mostra o crescimento da população interligado ao crescimento da solidão do ser humano é um grande problema. Muito preocupante! Mas, não é o único ou o maior dos grandes problemas da humanidade. Um problema muito maior é o que é vivenciado dentro da esfera da família. Família essa constituída de esposo, esposa e filhos que habitam a mesma casa. Pessoas intrínsecas no DNA e intimamente ligadas pelos cromossomas e laços sanguíneos, mas terrivelmente distantes…mesmo coabitando em um pequeno espaço compartilhado.
Vivemos a redução das distâncias geográficas entre as pessoas pelas facilidades que temos em nos deslocar por intermédio das empresas aéreas e dos modernos meios de comunicação. Entretanto, a distância íntima entre esposo e esposa, irmãos, pais e filhos têm aumentado mesmo estando tão perto uns dos outros. Diante deste desafio quando a tecnologia aproxima emocionalmente pessoas que estão distantes geograficamente e distancia emocionalmente pessoas que estão próximas geograficamente, o que demos fazer? Cruzar os braços e assistir esta anomalia que devora a família e destrói os lares, sem nada fazer? Ou devemos fazer algo? A começar de nossa vida, família, igreja e grupos dos quais participamos? O mundo não mudar! Irá de mal a pior! Mas, você pode mudar! A sua família pode mudar! Você pode mudar o mundo de alguém!
Com o texto acima quero chamar você a refletir sobre esta temática e provocar a reflexão em sua família, igreja e grupos sociais dos quais participa.